"Matemática", palavra que os pitagóricos cunharam a partir do termo “μάθημα“ (mathema) do grego antigo, significando, então, "tema do
esclarecimento".
Matemática é uma ciência que foi criada a fim de contar e resolver
problemas cujas existências tinham finalidades práticas.
Vários povos
se destacaram nesta ciência, como os egípcios, sumérios, babilônios e gregos.
História
da matemática no Egito
Período: 3100 a.C.
Os egípcios
desenvolveram três formas de escrita: hieroglífica (usada pelos sacerdotes em
monumentos e tumbas); hierática (forma cursiva, usada nos papiros) e a escrita
demótica, de uso geral.
História da matemática na Babilônia
Período: 2100 a.C.
A Mesopotâmia
(civilização = Babilônios) é uma região situada no Oriente Médio, no vale dos
rios Eufrates e Tigre. Ela foi habitada inicialmente pelos sumérios, que
desenvolveram um sistema de escrita, em torno do quarto milênio a.C., que pode
ser o mais antigo da história da humanidade. Eles escreviam usando cunhas em
tabulas de argila cozida, dando origem a um tipo de caracteres chamados
cuneiformes.
O sistema de numeração utilizada era o sistema de agrupamento simples de base, ou
seja, 10 para números menores do que sessenta e um sistema posicional que podia
ter base 10 ou base 60 para números maiores.
Muitos processos
aritméticos eram efetuados com a ajuda de tábuas. Dentre as tábuas matemáticas
babilônicas encontramos a chamada Plimpton escrita aproximadamente entre
1900 e 1600 a.C.. Ela consiste de três colunas praticamente completas de
caracteres que contém ternas pitagóricas; isto é, números que representam a
medida da hipotenusa e de um cateto de triângulos retângulos cujos três lados
têm medida inteira.
Os hindus introduzem um símbolo completamente
novo no sistema de numeração até então conhecido: o ZERO. Isto causa uma verdadeira
revolução na "arte de calcular". Dá-se início à propagação da cultura
dos hindus por meio dos árabes. Estes levam à Europa os denominados "Algarismos arábicos", de invenção dos hindus.
A história tem mostrado que aquilo que nos
parece pura abstração, pura fantasia matemática, mais tarde se revela como um
verdadeiro celeiro de aplicações práticas.
HISTÓRIA DOS NÚMEROS
O número surgiu
da necessidade que as pessoas tinham de contar objetos e coisas.
Há mais de
30.000 anos, o homem vivia em pequenos grupos, morando em grutas e cavernas
para se esconder dos animais selvagens e proteger-se da chuva e do frio.
Para registrar
os animais mortos numa caçada, eles se limitavam a fazer marcas numa vara.
Nessa época o homem se alimentava daquilo que a natureza oferecia: caça,
frutos, sementes, ovos. A escrita ainda não tinha sido criada. Para contar, o
homem fazia riscos num pedaço de madeira ou em ossos de animais.
Mais ou menos
há 10.000 anos, o homem começou a modificar bastante o seu sistema de vida. Em
vez de apenas caçar e coletar frutos e raízes passou a cultivar algumas plantas
e criar animais. Era o início da agricultura, graças à qual aumentava muito a
variedade de alimentos de que podia dispor.
E para
dedicar-se às atividades de plantar e criar animais, o homem não podia
continuar se deslocando de um lugar para outro como antes. Passou então a
fixar-se num determinado lugar, geralmente às margens de rios e cavernas e
desenvolveu uma nova habilidade: a de construir sua própria moradia.
Mas como
controlar o rebanho? Como ter certeza de que nenhuma ovelha havia fugido ou
sido devorada por algum animal selvagem?
O jeito que o
pastor arranjou para controlar o seu rebanho foi contar as ovelhas com pedras.
Assim cada ovelha que saía para pastar correspondia a uma pedra.
O pastor
colocava todas as pedras em um saquinho. No fim do dia, à medida que as ovelhas
entravam no cercado, ele ia retirando as pedras do saquinho. Que susto levaria
se após todas as ovelhas estarem no cercado, sobrasse alguma pedra!
Esse pastor
jamais poderia imaginar que milhares de anos mais tarde, haveria um ramo da
Matemática chamado de Cálculo, que em latim quer dizer “contas com pedras”.
Foi contando
objetos com outros objetos que a humanidade começou a construir o conceito de
número.
Para o homem
primitivo o número cinco, por exemplo, sempre estaria ligado a alguma coisa
concreta: cinco dedos, cinco peixes, cinco bastões, cinco animais, e assim por
diante.
Assim, ao
contar as ovelhas, o pastor separava as pedras em grupos de cinco.
Do mesmo modo
os caçadores contavam os animais abatidos, traçando riscos na madeira ou
fazendo nós em uma corda, também de cinco em cinco.
Para nós, hoje,
o número cinco representa a propriedade comum de infinitas coleções de objetos:
representa a quantidade de elementos de um conjunto, não importando se se
tratam de cinco bolas, cinco skates, cinco discos ou cinco aparelhos de som.
É por isso que
esse número, que surgiu quando o homem contava objetos usando outros objetos, é
um número concreto.
Foi partindo dessa
necessidade imediata que estudiosos do Antigo Egito passaram a representar a
quantidade de objetos de uma coleção através de desenhos – os símbolos.
A criação dos símbolos foi um passo muito importante para o
desenvolvimento da Matemática. Na Pré-História, o homem juntava 3 bastões com 5
bastões para obter 8 bastões. Hoje sabemos representar esta operação por meio
de símbolos. 3 + 5 = 8.
Mas como eram os símbolos que os egípcios criaram para
representar os números?
Os egípcios usavam um
sistema de agrupamento simples, com base 10.
Um traço vertical representava 1 unidade:
Um
osso de calcanhar invertido representava o número 10:
Um laço valia 100 unidades:
Uma flor de lótus valia 1.000:
Um dedo dobrado valia 10.000:
Com um girino os egípcios representavam 100.000 unidades:
Uma figura ajoelhada, talvez representando um deus, valia 1.000.000:
Um exemplo, de um número escrito em símbolos egípcios é dado
abaixo:
Escrevemos esse
número da esquerda para a direita, embora os egípcios escrevessem em uma ou
outra direção, dependendo do documento.
Os babilônios usavam
um sistema posicional que, em alguns aspectos era semelhante ao dos egípcios.
Algumas inscrições mostram que, surpreendentemente, eles usavam não somente um
sistema decimal, mas também um sistema sexagesimal (isto é, base 60).
Usavam um traço
vertical para representar as unidades e outro desenho para as dezenas:
O símbolo para 100 era composto por traços: e números superiores
a 100, representados por agrupamento.
Assim, por exemplo, temos:
O símbolo indica
10 vezes 100, isto é, 1000.
Os romanos foram espertos. Eles não inventaram
símbolos novos para representar os números; usaram as próprias letras do
alfabeto: I V X L C D M
Ao lermos o
cartaz, ficamos sabendo que o exército de Roma fez numa certa época MCDV
prisioneiros de guerra. Para ler um número como MCDV, veja os cálculos que os
romanos faziam:
Em primeiro lugar buscavam a letra de maior
valor.
M = 1.000
Como antes de M
não tinha nenhuma letra, buscavam a segunda letra de maior valor.
D = 500
Depois, eles subtraíam
de D o valor da letra que vinha antes.
D – C = 500 – 100 = 400
Somavam 400 ao valor de
M, porque CD está depois e M.
M + CD = 1.000 + 400 =
1.400
Sobrava apenas o V.
Então:
MCDV = 1.400 + 5= 1.405
Os hindus, por exemplo, têm valiosos métodos
de cálculos. O passo mais importante dado pelos hindus para formar o seu sistema
de numeração – a invenção do zero - ainda não tinha chegado ao Ocidente. A ideia dos hindus de introduzir uma notação para uma posição vazia.
A base de numeração
10 é o sistema usado quase que universalmente pelo fato de termos dez dedos
disponíveis nas mãos para nos auxiliar nos cálculos.
Hoje
nós já sabemos lidar com os mais diferentes tipos de números:
Nenhum comentário:
Postar um comentário